domingo, 4 de agosto de 2013

Precisamos é de mobilização.



“Mobilização” é a palavra da moda. “Vamos mobilizar”, lê-se com frequência nas redes sociais, nos discursos politizados, e até mesmo nas propagandas. Mas o que vem a ser “mobilização”? “Ir para as ruas” ou, falando na língua sindical, “fazer greve”? Estas respostas são muito limitadas. Mobilização é algo muito maior.
Greve é um dos possíveis resultados de uma mobilização, mas não a mobilização em si.
Mobilização é a reunião de pessoas em torno de um interesse comum a ser defendido, e que se manifestam de diversas formas – ato público, greve, abaixo-assinado, etc. A mobilização é anterior à manifestação. É o encontro de pensamentos, ideias, teorias, sentimentos, necessidades. Requer interesses comuns, vontade de agir, estratégia e ação.
Analisem o conceito elaborado pelo escritor, filósofo e educador colombiano Bernardo Toro, um dos mais importantes pensadores da educação e democracia na América Latina: "mobilizar é convocar vontades para atuar na busca de um propósito comum, sob uma interpretação e um sentido também compartilhados. Convocar vontades significa convocar discursos, decisões e ações no sentido de um objetivo comum, para um ato de paixão, para uma escolha que ‘contamina' todo o quotidiano."
E mais, do mesmo autor: “não se faz mobilização social com heroísmo. As mudanças são construídas no cotidiano por pessoas comuns, que se dispõem a atuar coletivamente, visando alcançar propósitos compartilhados".
O desvirtuamento da palavra “mobilização” fez com que o senso comum a confundisse e a limitasse a manifestações públicas – o tal do “vem pra rua”. Mas mobilização acontece sempre que um grupo, estimulado por um objetivo comum, decide buscar os resultados desejados por todos. E essa busca não se realiza em uma única manifestação; se dá em inúmeras ações, pequenas e grandes, no dia a dia, desenvolvidas por pessoas que voluntariamente se sentem responsáveis por atingir os objetivos pretendidos. Quem nos ensina essa lição, mais uma vez, é o lúcido Bernardo Toro: “A mobilização requer uma dedicação contínua e produz resultados quotidianamente”.
Greve é evento. Tem o seu valor, às vezes produz resultado satisfatório quando o objetivo é curto. Mas é evento, e o último recurso contra a falta de diálogo entre patrão e empregado.
Mobilização é ação contínua, construída pela vontade de se alcançar um propósito permanente, um princípio maior. Dá mais trabalho, é cansativo, e, no entanto, é a solução – ou, ao menos, o melhor meio que temos para alcançar a solução. Mobilização exige força, união, determinação. E deixa de herança, para os seus participantes, um grupo ainda mais forte, mais unido e mais determinado.
É disso que a gente precisa.
Não precisamos deixar nossos destinos nas mãos de outros. Somos capazes de mudar o que não achamos justo ou adequado, desde que assumamos sermos responsáveis pelo nosso futuro e adotemos uma atitude transformadora. E assim se inicia uma mobilização.


2 comentários:

  1. FALANDO EM MOBILIZAÇÃO, ENQUANTO FICARMOS SÓ PENSANDO EM MELHORIA DOS VENCIMENTOS E NÃO PODEMOS ESQUECER-NOS DE MELHORAR AS CONDIÇÕES DE TRABALHO DE UMA PEQUENA MINORIA, NÃO SÓ DE NOSSA SECRETARIA, MAS DE TODAS DO ESTADO. NÃO SOU FILIADO DO SIFUSPESP, MAS ESSA SOLICITAÇÃO NÃO É APENAS DE UM SINDICATO E SIM DE TODOS, E A CUT TAMBÉM TEM QUE ENTRAR NESSA BRIGA, QUE ESTA ABRANGE TODAS AS CATEGORIAS SINDICAIS EM QUESTÃO, LOGO ABAIXO ESTÁ UM E-MAIL QUE ENVIEI PARA AS OUVIDORIAS DA GESTÃO PÚBLICA, DA SAP E DO MINISTÉRIO PÚBLICO. POR FAVOR, DÊ UMA ATENÇÃO ESPECIAL A MINORIA QUE LUTA POR SEUS DIREITOS.
    E-MAIL (PRIMEIRA PARTE)
    Boa tarde. A minha identificação consta nos requerimentos em anexo, cujos relatam todos os pedidos que fiz, três com praticamente o mesmo conteúdo e um diverso, mas relacionado pelo fato de encontrar-me READAPTADO por causa de uma Acidente de Trabalho, mas não remanejado para um setor adequado com as minhas condições físicas. A resposta da solicitação de reforma do Rol de Atividades está prestes a ser encaminhada para a minha Unidade Administrativa (Penitenciária de Marília), mas entrando em contato com o Centro de Movimentação de Pessoal do DRHU da Secretaria de Administração Penitenciária fui informado pela Diretora Técnica de Departamento Viviane que o CAAS já tinha enviado por "Notes" o novo Rol para esse setor da SAP e esse adequava às minhas condições e indicando para o setor administrativo da Unidade. O Centro de Movimentação analisou e viu que o novo Rol não era compatível com a Lei de criação do meu cargo, vendo isso comunicou o CAAS para refazer o mesmo. Na conversa pelo telefone que tive com a Viviane, ela disse-me que solicitasse ao setor pessoal aqui da minha Unidade para que esse solicite ao DPME, uma nova perícia que poderá voltar-me à licença saúde ou sugerir Aposentaria. Como desde o início que eu encarecidamente pedi ao meu médico que autorizasse a voltar ao trabalho para fazer com que me sentisse útil, ele atendeu-me, mas com restrição que é somente física de movimentos lentos, não afetando em nada em meu raciocínio, sei que a READAPTAÇÃO traz economia para o Estado, pois aproveita de alguma forma a capacidade laborativa do servidor e a ele o prazer de estar desempenhando o seu papel de servir à sociedade, pois esse é o papel de todo servidor público. Estou fazendo pedidos que estejam na contramão da rotina, enquanto muitos procuram doenças para viver afastados dando somente prejuízo ao estado, eu que limitado de exercer minha função plenamente estou lutando com o Estado somente para trabalhar dignamente e não afastar ou aposentar como foi indicado, devido a ineficácia da readaptação. Vocês já receberam muitas solicitações em meu favor apenas, mas isso que vos peço vai muito além, estou sugerindo que dêem atenção a todos os readaptados do Estado de São Paulo, que não possuem nenhuma regulamentação pós readaptação quanto a sua carreira que foi afetada e concorre à promoção em desvantagem com os demais e também pela impossibilidade de algumas leis que regulamentam o cargo de proibirem exercer outras funções, elas acontecendo denomina "desvio de função", que é proibido pelo Estado, mas é aceito para o bom andamento do serviço público.

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  2. E-MAIL (SEGUNDA PARTE)
    Sei o que solicito hoje eu posso não usufruir, pois sei da morosidade do Estado em criar Leis e eu não aguente tanta pressão pelo fato de sentir-me inútil naquilo que faço, que é quase nada. Façam um estudo sobre esse caso e os demais readaptados do Estado, criem leis complementares ou mudem as leis para prever a possibilidade de exercer função adequada à sua condição de readaptado. Se tiver que enrijecer para a concessão de readaptação faça, mas dê oportunidade a quem quer meramente trabalhar dignamente. Sei, pelo meu tempo de serviço público em vários cargos que quando o funcionário finge estar doente e com aval médico é de difícil reversão e o Estado não tem como alterar isso, não faz nada. E agora que uma pessoa quer trabalhar de alguma forma, o Estado vem e proíbe pela ausência legal e sugere afastar e/ou aposentar conforme laudo da perícia. Peço o intermédio da Ouvidora Nadya Cristina Silva Ramos que repasse esse meu "GRITO" para os responsáveis, Secretário Davi Zaia, Secretário adjunto Rogério Barreto, Chefe de gabinete Luís Panone, para que me vejam com carinho a minha sugestão, conforme a Constituição Federal de 1988 em seu artigo 37 da Constituição Federal de 1988, elenca os princípios inerentes à Administração Pública, que são: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. Gostaria que esse fosse levado em consideração, para com que não fosse um encargo a mais para o Estado, sendo que possuo sim, sem querer me engrandecer capacidade de desenvolver outros papéis que forem me passado, não tenho conhecimento prévio em nenhuma area administrativa, mas sempre fui uma pessoa que buscou sempre aprender mais e lutar pelo que busco, sem desistir, mesmo vendo que é de difícil alcance Enderecei esse e-mail para o meu Sindicato tomar ciência e acompanhar minha solicitação, em nome de Deus eu reitero o meu pedido e já agradeço de ante mão, obrigado.


    "TUDO POSSO NAQUELE QUE ME FORTALECE" Filipenses, 4:13
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